O parlamento do Irã aprovou no domingo uma lei que cortará os subsídios à energia para tornar o país menos vulnerável a sanções por seu contestado programa nuclear, segundo a agência de notícias oficial Irna.
A lei precisa ser aprovada por um órgão de regulação antes de ser implementada. O parlamento ainda está discutindo outras partes da lei, como o corte a subsídios a alimentos.
Os subsídios têm sido um peso para o Orçamento do Irã, e o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad, que foi reeleito em uma disputada eleição em junho, quer elevar as tarifas de energia e de outros serviços essenciais e compensar as famílias mais pobres diretamente com dinheiro.
As autoridades defendem que os subsídios sobre combustíveis beneficiam principalmente os ricos, e não os pobres, mas criticam a lei porque ela poderia elevar a inflação, atualmente em torno de 13 por cento ao ano.
O Irã, quinto maior exportador mundial de petróleo, tem dito que irá precisar de um adicional de 6,5 bilhões de dólares em orçamento para cobrir importações de combustíveis durante o quarto trimestre deste ano e o primeiro trimestre de 2010.
O corte de subsídios e a elevação de preços consequente poderiam reduzir a demanda, diminuindo assim a necessidade de importações e de orçamento do governo.
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