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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Após matar turcos, rebeldes curdos mantêm reféns

Turcos e curdos confirmaram a morte de mais de 35 pessoas após combates armados na fronteira do Iraque com a Turquia. Mas o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) afirmou que mantém reféns turcos.

Inicialmente, a Turquia afirmou ter matado 23 rebeldes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Por outro lado, que 12 soldados turcos foram mortos.

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O Parlamento iraquiano exigiu neste domingo (21) que os separatistas do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) "saiam do território iraquiano e que o governo (do Iraque) expulse seus membros".

Pouco antes, o Parlamento do Iraque condenou a ameaça de uma incursão militar turca na região do Curdistão iraquiano para eliminar as bases de rebeldes curdos.

Em comunicado oficial, o presidente do Parlamento, Mahmoud Mashhadani, pediu que sejam estudados "todos os caminhos possíveis para uma solução pacífica para a crise".

"Confirmamos as relações de boa vizinhança com a Turquia, mas rejeitamos as ameaças e o uso da força, e consideramos que a decisão do Parlamento turco de conceder ao Exército o uso da força (contra o Curdistão iraquiano) não ajuda nas negociações", acrescenta a nota.

Na quarta-feira (17), o Parlamento turco autorizou o governo de seu país a lançar incursões militares contra as bases dos guerrilheiros do PKK no norte do Iraque.

A Turquia acusa os curdos iraquianos de abrigar e dar cobertura aos guerrilheiros do PKK, que deixam seus refúgios no Iraque para atacar o Exército turco e depois buscar apoio junto a seus correligionários no Curdistão iraquiano.

Neste domingo (21), o presidente da região autônoma, Massoud Barzani, afirmou que não se alinhará "a nenhuma das partes" caso o Governo turco decida enfrentar o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) turco.

Mais mortes

Após anunciar a morte de 23 curdos, o alto comando do Exército turco afirmou que matou 32 rebeldes e manteve o número de baixas em 12.

Por outro lado, os curdos do PKK dizem que mataram 16 militares e pegaram "vários" reféns em território turco.

"Não posso dizer quantos soldados são reféns. Tudo que posso dizer é que todos eles não está no Iraque. Está na Turquia", disse. O governo turco não confirmou a informação.

Ancara, importante aliada dos Estados Unidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), considera o PKK um grupo separatista que conduz ataques dentro da Turquia a partir de bases na região montanhosa da fronteira. A Turquia acusa os curdos iraquianos de dar abrigo e cobertura aos guerrilheiros do PKK, que abandonam seus refúgios no Iraque para atacar o Exército turco e depois buscam cobertura junto aos seus correligionários do Curdistão iraquiano.

Embora os EUA classifiquem o PKK como um grupo terrorista, Washington teme que uma grande operação da Turquia no norte do Iraque irrite seus aliados curdo-iraquianos e provoque um conflito mais amplo naquela região relativamente pacífica em comparação ao resto do Iraque.

O PKK recorreu à luta armada em 1984 para defender a autonomia de 12 milhões de curdos que vivem na Turquia, e desde então cerca de 35 mil pessoas morreram por causa dos combates entre o grupo separatista e as forças de segurança.

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