O primeiro-ministro do Paquistão, Racha Pervez Ashraf, anunciou neste sábado (16) a dissolução do Parlamento a partir da próxima meia-noite para convocar novas eleições gerais.
Pervez Ashraf fez o anúncio em um discurso retransmitido esta noite pela televisão na qual agradeceu a "todas as instituições do Estado" que permitiram que a legislatura chegasse ao final de seus cinco anos pela primeira vez desde a independência do país em 1947.
"Os interesses do Paquistão estão acima de qualquer outra consideração", afirmou.
Um comitê do Parlamento saliente designará agora um governo de caráter provisório para preparar o pleito, cuja convocação corresponde ao presidente Ali Asif Zardari e que, segundo analistas locais, devem acontecer em maio.
As eleições servirão para renovar as 342 cadeiras do Parlamento, das quais 272 são escolhidas diretamente, 60 estão reservadas às mulheres e dez às minorias religiosas.
De acordo com os observadores, o governante Partido Popular do Paquistão (PPP) tem possibilidades de referendar o mandato que obteve nas eleições de 2008, quando alcançou 121 cadeiras frente às 91 da Liga Muçulmana, principal formação de oposição.
A eleição acontecerá após dois anos de tensão entre Executivo, Judiciário e Exército, por mútuas acusações de corrupção e de interferência em suas respectivas funções como pilares do Estado.
A esta situação se soma o alto índice de violência política que existe no Paquistão, principalmente no oeste do país, fronteiriço com o Afeganistão e onde operam vários grupos insurgentes.