O Parlamento iraniano, dominado por conservadores, rejeitou nesta quinta-feira três dos 18 ministros indicados pelo novo presidente do país, Hasan Rouhani. A busca do aval dos parlamentares era vista como o primeiro desafio do novo governante, que prometeu melhorar as relações do país com o Ocidente ao assumir o cargo no início deste mês.
Mas durante os quatro dias de debate, os indicados foram atacados por terem laços próximos com opositores ou por terem se educado em países ocidentais. O presidente do Parlamento, Ali Larijani, anunciou que foram rejeitados Mohammad Ali Najafi, que seria o ministro da Educação; Jafar Milimonfared, para a Ciência, Pesquisa e Tecnologia; e Masoud Soltanifar, para Esportes e Juventude.
Najafi foi criticado por ter laços com líderes opositores mantidos sob prisão domiciliar. Tanto ele como Milimonfared foram acusados por parlamentares de terem participado dos protestos que se seguiram às eleições presidenciais de 2009. Já Soltanifar foi considerado inexperiente.
Mas o Parlamento aprovou a escolha de Rouhani para a Chancelaria: Mohammad Javad Zarif, ex-embaixador na ONU que estudou nos Estados Unidos - uma escolha que poderá ajudar a aproximar os dois países. Bijan Zanganeh, que foi ministro do Petróleo no governo do reformista Mohammad Khatami, também foi aprovado e retorna ao posto.