O Knesset (Parlamento israelense) aprovou nesta quinta-feira (7) um projeto de lei que permitirá a deportação para a Faixa de Gaza de familiares de autores de ataques terroristas, termo que em Israel é usado indistintamente para se referir a atentados contra civis ou ataques contra soldados israelenses.
O projeto de lei, aprovado nesta madrugada por 61 votos a favor e 41 contra, dá autoridade ao Ministério do Interior israelense para "deportar a família do autor de um ataque se for provado que tinha conhecimento prévio da operação e não fez todos os esforços necessários para evitá-la”.
O texto da norma estipula que a deportação será por um período de 7 a 15 anos se o autor do ataque for um cidadão de Israel e de 10 a 20 anos se for residente de Jerusalém Oriental. A lei também estipula que os agressores israelenses manterão a sua cidadania apesar de serem expulsos do país.
A polícia, controlada pelo ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, terá poderes para implementar a deportação, incluindo o direito de entrar em qualquer lugar e usar a força necessária para deportar qualquer residente, de acordo com o texto explicativo da norma no site do Knesset.
Os ataques perpetrados por árabes israelenses ou palestinos, especialmente em estações ferroviárias e rodoviárias dentro do território, aumentaram nos últimos meses, enquanto Israel mantém sua ofensiva na Faixa de Gaza contra os terroristas do Hamas e no Líbano, contra o Hezbollah. Além disso, há uma tensão crescente com o Irã e seus grupos satélites.
A Cisjordânia também tem vivido uma espiral de violência desde o início da guerra. Até agora, em 2024, cerca de 435 palestinos foram mortos nesse território por fogo israelense, a maioria deles eram terroristas que se abrigavam em campos de refugiados, mas também civis.
Do lado israelense, 39 pessoas morreram este ano: 16 militares e 23 civis (nove deles colonos), a maioria em ataques perpetrados por palestinos, embora pelo menos quatro soldados tenham morrido durante incursões militares na Cisjordânia.
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