O Parlamento do Japão aprovou um orçamento extra de 4 trilhões de ienes (US$ 49 bilhões) para lidar com as consequências do terremoto que atingiu o país em 11 de março. Legisladores do governo e da oposição têm deixado de lado suas divergências para lançar esforços para reconstruir a região nordeste japonesa, a mais destruída pelo desastre natural.
O orçamento extra - que totaliza 4,015 trilhões de ienes e é o primeiro de uma série de pacotes de gastos planejados para resolver os problemas provocados pelo terremoto - não envolve novos empréstimos para o governo. Entre as medidas para as quais o orçamento extra será usado estão a remoção de destroços, a construção de moradias temporárias e reparos na infraestrutura e o fornecimento de suporte financeiro para empresas prejudicadas.
"Nós vamos trabalhar duro para implementar rapidamente o orçamento e ajudar a área atingida pelo desastre a ficar novamente de pé", declarou o ministro de Finanças, Yoshihiko Noda. O desastre de março deixou mais de 25 mil mortos e desaparecidos e deverá levar a economia japonesa a ter contração no primeiro semestre deste ano.
Apesar do impasse político que dura há mais de um ano no Japão, a oposição - liderada pelo Partido Democrático Liberal - se juntou ao partido do primeiro-ministro Naoto Kan, o Partido Democrático do Japão, para permitir que o orçamento extra fosse aprovado pela Câmara Alta, controlada pela oposição, apenas dois dias depois do começo das discussões. A Câmara Baixa, dominada pelo partido governista, aprovou o orçamento no sábado.
A aprovação do orçamento, no entanto, provavelmente vai abrir caminho para que a oposição eleve o tom da campanha em favor da renúncia de Kan, que tem sido criticado pela resposta que o governo deu ao desastre de março, incluindo a crise nuclear na usina Daiichi.
Agora, o governo do Japão vai mudar seu foco para a elaboração de um amplo plano de reconstrução e de um projeto para reformar os sistemas fiscal e de seguridade social do país até o fim de junho. Depois disso, o governo deve elaborar um segundo orçamento extra para financiar outras medidas de combate aos efeitos do terremoto.
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