A Câmara Baixa japonesa aprovou nesta terça-feira a extensão por mais dois anos da missão da força aérea no Iraque para ajudar na reconstrução do país, informou a agência Kyodo.
Como se esperava, a maioria do partido governamental, o Liberal Democrático (PLD), e seu parceiro Novo Komeito, budista, derrotaram a oposição, que pedia o fim da missão japonesa no Iraque.
O Japão oferece apoio logístico aos Estados Unidos no Iraque com vôos de transporte de tropas e mercadorias. São três aviões C130 e 200 militares da Força Aérea japonesa, atuando com base no Kuwait.
A força aérea transportava inicialmente soldados japoneses entre o Iraque e o Kuwait. Mas, após a retirada das tropas terrestres japonesas, em julho de 2006, seu trabalho passou a ser desclocar pessoal e equipamentos dos Exércitos aliados na região.
O Partido Democrático, de oposição, argumentava que não existem armas de destruição em massa no Iraque e portanto também não havia razões para o Japão apoiar a intervenção militar dos Estados Unidos, em março de 2003.
A Constituição pacifista japonesa proíbe a participação do Japão em programas de defesa coletiva e o envio de pessoal ao Iraque exigiu a aprovação de medidas especiais. A colaboração começou em dezembro de 2003 e foi prorrogada posteriormente em várias ocasiões.
A participação do Japão no Iraque é regulamentada por uma norma que permitia um posicionamento por quatro anos, prazo que expiraria em 31 de julho e foi ampliado por dois anos.