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Cidade de Gaza – O movimento islâmico Hamas deu ontem mais um passo na direção de assumir o poder nos territórios palestinos ao obter uma aprovação retumbante a seu gabinete de governo de 25 membros. Na Cidade de Gaza, deputados do Hamas entoaram gritos de "Deus é grande" ao término da sessão parlamentar na qual os deputados palestinos aprovaram o governo por 71 votos a favor, 36 contra e duas abstenções.

O novo gabinete deverá ser empossado ainda nesta semana pelo presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas. Países ocidentais têm ameaçado cortar a ajuda à combalida AP assim que o Hamas assumir o governo.

Marc Otte, enviado especial da União Européia (UE), disse que o bloco trabalhará somente com um governo palestino comprometido com a paz. A declaração foi feita ontem às margens de uma reunião de cúpula de líderes árabes no Sudão.

O novo gabinete inclui 20 membros do Hamas e 5 políticos independentes. Treze ministros são da Cisjordânia e 12 da Faixa de Gaza. Há uma mulher e um cristão copta no gabinete do Hamas, um grupo islâmico sunita.

Depois da aprovação, o primeiro-ministro palestino designado Ismail Haniye dirigiu-se à residência do falecido xeque Ahmed Yassin, assassinado por Israel num ataque em 2004, para orar ao lado de outros líderes do partido.

A sessão parlamentar de ontem foi realizada em Gaza e transmitida diretamente para a sede do governo palestino em Ramallah, na Cisjordânia, onde os membros do gabinete oriundos da região enfileiraram-se para ser parabenizados por seus colegas. As restrições de deslocamento entre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza impostas por Israel impedem os deputados palestinos de se reunirem no mesmo local.

Haniye assegurou que não tem interesse em perpetuar o atual ciclo de violência entre israelenses e palestinos. O Hamas promoveu dezenas de atentados contra alvos israelenses em anos recentes, mas obedece a um cessar-fogo informal desde fevereiro do ano passado.

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