O Senado da Rússia, chamado no país de Conselho da Federação, convocou nesta quinta-feira (7) as eleições presidenciais no país para 17 de março de 2024, conforme estava previsto. Com a data confirmada, o atual mandatário Vladimir Putin, que ainda não anunciou oficialmente sua candidatura à reeleição, deve permanecer no poder até 2030, cumprindo seu quinto mandato à frente do Kremlin.
Após a votação por unanimidade, com 162 votos, a presidente do Conselho da Federação, Valentina Matviyenko, afirmou que “a decisão permite efetivamente o início da campanha eleitoral no país” e, pela primeira vez, os residentes das regiões de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhya e Kherson, anexadas da Ucrânia, vão participar das eleições.
A reeleição de Putin é possível graças a uma série de reformas constitucionais, organizadas pelo próprio líder russo, que controla o sistema político do país, tornando sua continuidade na presidência uma realidade ainda por dois mandatos de seis anos, caso seja eleito, podendo permanecer no poder até 2036.
O principal opositor de Putin, Alexei Navalny, atualmente cumpre uma pena que ultrapassa os 30 anos, e recebeu novas acusações nos últimos dias, o que retira qualquer risco de ameaça ao mandatário.
Além da candidatura provável do atual presidente russo, dois políticos anunciaram planos de concorrer ao cargo: o ex-deputado Boris Nadezhdin, atual vereador na região de Moscou, que em junho afirmou que "a Rússia precisava escolher um substituto para Putin no poder", e Yekaterina Duntsova, jornalista e advogada da região de Tver, que já foi vereadora local e é a favor do fim da guerra contra a Ucrânia.
Apesar de transparecer uma concorrência, o atual mandatário não deve abandonar seu plano expansionista à frente do Kremlin.
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