
O Parlamento da Turquia autorizou nesta quinta-feira (4) o governo a enviar tropas à Síria durante o prazo de um ano, uma moção debatida após a morte, na quarta-feira (3), de cinco pessoas em um povoado turco pela queda de granadas de obuses procedentes de território sírio.
A decisão, conforme o artigo da Constituição que regula as declarações de guerra, foi aprovada com 320 votos a favor, do governamental Justiça e Desenvolvimento (AKP) e do opositor MHP, e 129 contra, do social-democrata CHP e do pró-curdo BDP.
O Parlamento condenou assim o "abjeto ataque" e atribui sua responsabilidade às Forças Armadas da Síria, e autoriza o envio de tropas a "países estrangeiros", um ponto criticado durante o debate parlamentar, já que não especifica que se refere à Síria.
Em qualquer caso, o sinal verde a esta moção apresentada pelo governo não representa automaticamente uma declaração de guerra, já que fica a critério do Executivo decidir quando e como realizar esta intervenção.
Segundo declarou o vice-primeiro-ministro Besir Atalay ao canal NTV, a Turquia tomará todas as decisões em consonância com a comunidade internacional.
A permissão para deslocar tropas acontece depois que Turquia bombardeou na quarta vários alvos sírios no ponto de onde, segundo o Exército, foram disparadas as granadas de obuses que provocaram as cinco mortes em Akçakale, um município fronteiriço.