O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, se submeterá a uma moção de censura nas duas casas do Parlamento no próximo dia 14 de dezembro, informou a imprensa italiana hoje. A coalizão de Berlusconi tem se enfraquecido nos últimos meses após uma cisão no partido do premiê, o Povo da Liberdade (PDL), e novas denúncias de escândalos sexuais envolvendo o chefe de governo.
Ontem, quatro ministros de seu gabinete pediram demissão. Deixaram o governo o ministro para a Europa, um vice-ministro para Desenvolvimento Econômico e de outros dois secretários de segundo escalão. Todos eles fazem parte do recém-formado partido uma dissidência da legenda do premiê liderada pelo ex-aliado Gianfranco Fini, presidente da Câmara, que se apresenta como a "nova direita italiana".
Caso perca a moção de censura, o primeiro-ministro é obrigado a renunciar. O presidente e chefe de Estado, Giorgio Napolitano, convoca novas eleições. O pedido de moção de censura foi feito no final da semana passada pelo Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, o maior da oposição. Se sobreviver à moção, Berlusconi ganha força política para superar a crise. Após Fini deixar o PDL, ele levou 35 deputados e Berlusconi perdeu a maioria que tinha na Câmara. As informações são da Associated Press.
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