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A falta de uma liderança forte e políticas distintas está complicando as esperanças do Partido Social-Democrata (SPD) de derrotar a chanceler alemã, Angela Merkel, nas eleições do próximo ano e está dando espaço para que ela reivindique o crédito por ter conduzido a Europa durante a crise de dívida.

Confrontos internos também estão prejudicando o partido de centro-esquerda, que muitos analistas acreditam que vai acabar se juntando a Merkel depois da eleição de setembro de 2013 como membro júnior de seu governo de coalizão.

A fraqueza do SPD, que governou a Alemanha com o Partido Verde entre 1998 e 2005, pode garantir que Merkel continue dominando a maior economia da Europa.

A provável vitória do SPD no próximo mês em uma eleição regional no estado mais populoso da Alemanha, North Rhine-Westphalia (NRW), deve elevar o moral brevemente, mas os desafios futuros parecem assustadores para um partido que está atrás dos conservadores de Merkel em cerca de 10 pontos.

"As coisas parecem muito difíceis para o SPD. Não há muita esperança", disse Manfred Guellner, chefe do instituto de pesquisa Forsa.

"Ele enfrenta o problema de encontrar um candidato para concorrer contra Merkel e perdeu sua âncora de apoio local... Enquanto isso, Merkel está tendo um caminho fácil", disse ele.

Merkel conseguiu contar com o apoio do SPD nas votações sobre resgates da zona do euro no parlamento. Ela vai precisar desse apoio mais uma vez no verão, quando for necessário obter maioria de dois terços dos parlamentares para passar um acordo da UE sobre disciplina fiscal.

O apoio do SPD e do Partido Verde no tema ajudou Merkel a assumir a aura de condutora da economia europeia em tempos turbulentos e aumentou sua popularidade entre os eleitores.

Uma pesquisa de opinião desta semana mostrou o partido de centro-direita de Merkel, o Cristão Democrata (CDU), com 35 por cento das intenções de voto e o SPD com 25%. O parceiro de coalizão preferido do SPD, o Partido Verde, ficou com 13% e o atual aliado de Merkel, os Democratas Livres, com apenas 3%.

Com o colapso do apoio aos Democratas Livres, Merkel pode ter que olhar para o SPD como parceiro no próximo ano. Mas a perspectiva de o partido voltar ao poder apenas como parceiro de Merkel e os compromissos que isso implicaria poderiam alienar a base do SPD na campanha eleitoral de 2013.

O SPD dividiu o poder em um governo de Merkel entre 2005 e 2009 e pagou o preço com uma derrota eleitoral pesada.

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