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Canadá

Partido aliado dos liberais de Trudeau retira apoio e aumenta pressão sobre premiê

Partido Liberal de Trudeau não tem maioria absoluta na Câmara do Canadá e dependia do NDP, que anunciou rompimento nesta quarta, e do BQ para aprovar pautas no Legislativo (Foto: EFE/EPA/JIM LO SCALZO)

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O Partido Novo Democrata (NDP, na sigla inglês), uma das legendas que apoiavam os liberais do premiê Justin Trudeau na Câmara dos Comuns do Canadá, anunciou nesta quarta-feira (4) o rompimento do acordo político estabelecido em 2022 entre as duas legendas.

“Justin Trudeau provou repetidamente que sempre cederá à ganância corporativa. Os liberais decepcionaram as pessoas. Eles não merecem outra chance dos canadenses”, disse Jagmeet Singh, líder do NDP, em um vídeo, segundo informações da CBC News.

O Partido Liberal de Trudeau não tem maioria absoluta na Câmara dos Comuns e dependia do NDP e de outro partido, o Bloco Québécois (BQ), para aprovar suas pautas no Legislativo.

Analistas apontam, entretanto, que o rompimento do NDP não representa necessariamente a queda de Trudeau e a convocação de eleições antecipadas, porque o primeiro-ministro ainda pode contar com votos do BQ e apoios pontuais dos novos democratas para aprovar projetos e escapar de votos de desconfiança.

Uma nova eleição parlamentar deve ser convocada até outubro de 2025.

Na semana passada, o líder do Partido Conservador do Canadá (CPC), Pierre Poilievre, havia convocado o NDP e o BQ a deixarem de apoiar o Partido Liberal e a promoverem eleições antecipadas.

Polievre criticou as políticas do governo de Trudeau, a quem acusou de “destruir” o “melhor sistema de migração do mundo”, causar “a pior inflação em décadas”, dobrar a dívida nacional e causar “um aumento de 50% nos crimes violentos e um aumento de 120% nos crimes com armas de fogo”.

Pesquisas indicam que, se as eleições parlamentares fossem realizadas hoje, os conservadores seriam o partido mais votado.

No vídeo divulgado nesta quarta-feira, apesar do anúncio de rompimento com os liberais, Singh descartou qualquer aliança com os conservadores.

“Há outra batalha ainda maior pela frente. A ameaça de Pierre Poilievre e dos cortes [orçamentários] conservadores. De trabalhadores, aposentados, jovens, pacientes, famílias — ele cortará para dar mais a grandes corporações e CEOs ricos”, acusou. (Com Agência EFE)

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