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Crise política

Partido Comunista chinês pune ex-dirigente e marca transição

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(Foto: Divulgação/BMW)

A China anunciou que o ex-dirigente Bo Xilai foi expulso do Partido Comunista e será julgado por abuso de poder, numa aparente solução para o destino do pivô da mais grave crise política recente.

Também ontem, a agência oficial de notícias, Xi­­nhua, informou que o 18.º­ Congresso do Partido Co­­mu­­nista começará em 8 de novembro. É o início da primeira transição da cúpula em uma década, quando o atual vice, Xi Jinping, deve ser confirmado como o líder máximo da China, em substituição a Hu Jintao.

O anúncio da data do Congresso e do destino de Bo no mesmo dia, após meses de adiamentos e especulações para ambos os processos, sugere um acordo entre as diversas facções do partido para a sucessão, que deve substituir sete dos nove integrantes do Comitê Permanente.

O processo de transição só acaba no começo de 2013, quando Xi deve assumir formalmente a Presidência da China. Há a possibilidade de que Hu permaneça no governo como presidente da poderosa Comissão Militar Central, numa forma de reter parte do seu poder político.

Do atual comitê, apenas o próprio Xi e o vice-premiê, Li Keqiang, escolhido para ser o novo premiê, devem permanecer no órgão máximo da hierarquia política chinesa.

Previsto inicialmente para outubro, o Congresso foi adiado, provavelmente devido a incertezas sobre o futuro de Bo e às negociações para escolher os novos ocupantes do Comitê Permanente.

A turbulência política coincide com uma desaceleração mais rápida do que o esperado da economia chinesa, cuja meta de crescimento para este ano é de 7,5%, bem abaixo da média em torno de 10% das últimas décadas.

Escândalo

Até março, quando foi afastado da chefia do PC em­­ Chongqing (sudoeste),­­ Bo­­­­ era cotado para o Comi­­tê Per­­manente.

Mas o escândalo envolvendo a sua mulher, Gu Kai­­lai, na morte do empresário britânico Neil Heywood abreviou a car­­rei­­­­ra política.

Segundo a Xinhua, Bo aceitou grandes quantias de suborno por vários anos, incluindo o período em que foi ministro do Comércio (2004-2007). Ele também estaria envolvido na morte de Heywood.

O ex-dirigente foi acusado ainda de "relações sexuais impróprias com várias mulheres", além de outros crimes não especificados.

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