Após a candidata de centro-direita Patricia Bullrich, que representou a coalizão Juntos pela Mudança no primeiro turno das eleições presidenciais argentinas, anunciar seu apoio ao candidato libertário Javier Milei neste segundo turno, o partido União Cívica Radical (UCR), que integrou a coalizão de Bullrich, realizou uma reunião interna em seu comitê nacional onde decidiu que ficará “neutro” perante a disputa entre Milei e o peronista Sergio Massa.
No anúncio, Gerardo Morales e Martín Lousteau, líderes da UCR, que tem viés de esquerda, criticaram fortemente Bullrich e o ex-presidente da Argentina Mauricio Macri (2015-2019), afirmando que ambos decidiram “abandonar a coalizão Juntos pela Mudança”. Morales rotulou a decisão de Bullrich em apoiar Milei como "intolerável".
“A UCR não apoiará nenhum dos dois candidatos. Nenhum deles garante um futuro de progresso para a Argentina”, disseram os líderes.
A UCR afirmou que a “ideologia extremista” de Milei está em contraste com os “princípios do partido” e caracterizaram Massa como corresponsável, juntamente com o atual presidente da Argentina, Alberto Fernández, e a vice-presidente do país, Cristina Kirchner, pelo atual estado de crise do país, que se encontra neste momento imerso na hiperinflação e na pobreza.
Os líderes da UCR enfatizaram que nesse momento os membros da coalizão Juntos pela Mudança precisam passar por uma “reflexão e autocrítica” e destacaram que, a partir de 10 de dezembro, o partido atuará como uma “oposição ao novo governo eleito”.
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