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O líder do PVV, Geert Wilders, falando em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (22)
O líder do PVV, Geert Wilders, falando em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (22)| Foto: EFE/EPA/REMKO DE WAAL

O Partido pela Liberdade (PVV), liderado por Geert Wilders, de direita, é apontado como o grande vencedor das eleições parlamentares na Holanda realizadas nesta quarta-feira (22), segundo uma pesquisa de boca de urna divulgada pela emissora local NOS.

De acordo com a pesquisa, o PVV de Wilders conquistará 35 das 150 cadeiras do Parlamento holandês, mais do que o dobro das 17 que tinha na legislatura anterior.

Ainda segundo a pesquisa, o segundo partido mais votado foi uma aliança entre o Partido Trabalhista, de centro-esquerda, e o Esquerda Verde, que obteve 26 cadeiras.

O partido de centro-direita Novo Contrato Social, fundado há apenas cinco meses, ficará com 20 cadeiras. Outros 16 partidos poderão contar com dez ou menos parlamentares eleitos. A pesquisa de boca de urna foi divulgada assim que a votação terminou na eleição geral.

O programa eleitoral de Wilders inclui propostas como um referendo sobre a saída da Holanda da União Europeia (UE), uma política de imigração mais dura, que inclui a paralisação total na aceitação de pedidos de asilo e a deportação de imigrantes que aguardam por asilo nas fronteiras holandesas.

Wilders também defende uma política anti-Islã na Holanda, embora tenha sido mais moderado ao falar sobre o tema durante a campanha eleitoral. Segundo informações da Associated Press (AP), o parlamentar, que já foi chamado de uma “versão holandesa de Donald Trump”, teria que formar um governo de coalizão para poder obter a maioria no parlamento, que precisa ser de 76 cadeiras, para poder assumir como primeiro-ministro do país.

A missão será difícil, já que alguns partidos mais tradicionais do país relutam em se aliar a Wilders e ao PVV. No entanto, a grande vitória do partido nestas eleições pode fortalecer as negociações para uma coalizão com outros partidos de direita e centro-direita, como o Novo Contrato Social.

A nova eleição foi convocada após a quarta e última coalizão do primeiro-ministro do país, Mark Rutte, renunciar em julho após não conseguir concordar com medidas para conter a imigração na Holanda. A candidata governista era Dilan Yesilgoz, cujo Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD), a qual também pertence Rutte, que era o favorito para ganhar a maioria, não conseguiu obter sucesso nesta eleição. Conforme a pesquisa da NOS, o VVD conquistará 23 cadeiras no parlamento e poderá ser uma peça-chave para a formação de um novo governo.

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