O partido Likud, liderado desde 2005 pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira (14) ao líder democrata no Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, que Israel “não é uma república das bananas, mas uma democracia independente e orgulhosa”.
Schumer, primeiro judeu a servir como líder da maioria no Senado dos EUA, defendeu hoje a realização de eleições em Israel, cujo primeiro-ministro acusou de ser “o maior obstáculo para a paz”.
“Netanyahu lidera uma política decidida que conta com o apoio de uma grande maioria do povo”, afirmou o Likud, partido de direita que está no poder há mais de duas décadas quase consecutivas.
Em um momento tenso da relação do governo Netanyahu com a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, Schumer enviou hoje a mensagem mais crítica de um alto líder do Partido Democrata contra o Executivo israelense desde o início da ofensiva na Faixa de Gaza.
Schumer disse hoje que Netanyahu é um dos “maiores obstáculos para a paz”, juntamente com o Hamas, a direita israelense e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
“Ao contrário das palavras de Schumer, o público israelense apoia uma vitória completa sobre o Hamas, rejeita qualquer ditame internacional para estabelecer um Estado terrorista palestino e se opõe ao regresso da Autoridade Palestina para Gaza”, destacou o Likud.
“Espera-se que um senador respeite o governo eleito de Israel e não o enfraqueça. Isto é sempre o correto, e ainda mais em tempos de guerra”, acrescentou o principal partido da atual coligação governamental de Israel.
“A coligação de Netanyahu já não se adapta às necessidades de Israel depois do 7 de outubro. O mundo mudou radicalmente desde então e o povo israelense está sendo sufocado por uma visão de governo presa ao passado”, declarou Schumer diante do plenário do Senado americano.
Schumer acusou Netanyahu de ter “perdido o rumo ao colocar sua sobrevivência política como prioridade”, de ter se rodeado de ministros de “extrema-direita” e de ter tolerado um elevado número de vítimas em Gaza, o que fez com que “o apoio a Israel no mundo esteja em mínimos históricos”.
Por sua vez, Biden também insistiu nos últimos dias na necessidade de Israel permitir mais ajuda humanitária para Gaza, e alegou que uma ofensiva terrestre na cidade de Rafah, no sul do enclave, onde estão aglomeradas 1,4 milhão de pessoas deslocadas, seria uma “linha vermelha”.
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