O ex-candidato presidencial da oposição da Venezuela, Enrique Márquez, durante uma entrevista coletiva em Caracas, Venezuela, em agosto de 2024| Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez/Arquivo
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O ex-candidato do partido opositor Centrados e ex-vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que participou das eleições presidenciais de 28 de julho do ano passado na Venezuela, Enrique Márquez, foi preso nesta terça-feira (7) por agentes de segurança do Estado, segundo denunciou a legenda antichavista Voluntad Popular (VP).

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Na rede social X, esta organização, que descreve o episódio como um "sequestro", culpou o regime do ditador Nicolás Maduro, a quem acusou de realizar uma "onda de desaparecimentos de líderes e ativistas de direitos humanos nesta terça-feira".

"Márquez, como a maioria dos venezuelanos, não endossou a fraude de Maduro em 28 de julho. Ele não cometeu nenhum crime. Exigimos que apareça agora e seja liberado imediatamente", acrescentou o VP.

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Até o momento, o partido de Márquez não fez nenhuma declaração pública sobre o incidente, que ocorre após a prisão na mesma terça-feira de seis políticos da oposição, além do denunciado desaparecimento do ativista Carlos Correa e do sequestro do genro do líder opositor Edmundo González Urrutia, Rafael Tudares, em Caracas.

Márquez, que também foi vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e ex-deputado, exigiu reiteradamente a publicação das atas da votação de julho e rechaçou a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que validou a polêmica reeleição de Maduro, proclamada pelo órgão eleitoral.

Em 31 de dezembro, Márquez disse que a "vontade de mudança política" dos venezuelanos está "intacta", apesar de tanto o CNE quanto o TSJ - segundo disse - "se colocarem à margem da Constituição".

Nesse sentido, declarou que a busca por mudanças deve continuar para evitar que a Carta Magna "se torne letra morta".

A oposição majoritária, agrupada na Plataforma Unitária Democrática (PUD), denuncia a fraude eleitoral e reivindica a vitória do seu candidato, Edmundo González Urrutia, o que pretende provar com 85,18% das atas que afirma ter coletado no dia das eleições, graças a testemunhas e mesários destacados nas assembleias de votação.

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