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O movimento político Construye, do Equador, anunciou neste sábado (12), que Andrea González Nader será sua nova candidata presidencial, substituindo Fernando Villavicencio, que na última quarta-feira (09) foi assassinado com três tiros na cabeça.
Andrea González Nader era então candidata à vice-presidência de Villavicencio. Se o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) concordar com este movimento, González Náder participará neste domingo do debate que os candidatos presidenciais realizarão uma semana antes das eleições gerais extraordinárias, marcadas para 20 de agosto.
Para conseguir esta alteração da dupla de candidatos à presidência e vice-presidência, Construye passa pelo artigo 99 do Código de Democracia do Equador, que “estabelece que a dupla presidencial é uma candidatura de um só membro”.
"Andrea González Náder foi uma pessoa escolhida por Fernando Villavicencio e pelo Movimento Construye para substituir o presidente em caso de ausência. De acordo com isso, os órgãos dirigentes do movimento ratificarão esta decisão e Andrea González será registrado como candidato à presidência da República do Equador", afirmou o partido político Construye.
O comunicado, assinado pelo secretário nacional da Construção, Raúl González, explica que na reunião dos dois órgãos dirigentes do movimento “foram analisados também os nomes de outras cidades, mas rejeitados por unanimidade. Pedimos a todos os grupos aliados e amigos que, de acordo com o legado de Fernando, as diferenças sejam tratadas com respeito”, concluiu González.
Se González Nader for confirmada pelo CNE como candidata presidencial de Construye, haverá duas mulheres concorrendo à presidência, de um total de oito candidatos na disputa.
Outra mulher na corrida eleitoral é a ex-deputada Luisa González, candidata do Cidade Revolução (RC), movimento liderado pelo ex-presidente Rafael Correa (2007-2017).
Os vencedores destas eleições completam o mandato 2021-2025, interrompido pela invocação, no passado, pelo atual presidente, Guillermo Lasso, do mecanismo constitucional da “morte cruzada”, com o qual dissolveu a Assembleia Nacional (Parlamento), de maioria oposicionista, quando se preparava para votar pela sua destituição.
Desta forma, Lasso forçou a convocação de eleições extraordinárias, ou que ao mesmo tempo implicaram a redução do seu mandato, que não pretende concluir até 2025, uma vez que o atual chefe de Estado não é candidato à reeleição.