O opositor Partido Democrata anunciou neste sábado que não participará das eleições da Tailândia, convocadas para 2 de fevereiro, e pediu que seja feita uma reforma do sistema político antes de ir às urnas.

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O líder opositor, o ex-primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva, comunicou a decisão que o partido tomou um dia antes do protesto convocado para amanhã pelos manifestantes com a qual pretendem bloquear todo o trânsito de Bangcoc, para forçar a renúncia do governo interino e a suspensão do pleito.

Abhisit acusou o Executivo da primeira-ministra interina, Yingluck Shinawatra, de provocar uma crise política que levou milhares de pessoas a se manifestarem quase diariamente desde o fim de novembro para pedir a renúncia do governo.

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"Devemos pôr fim a operar no presente ambiente político. Não acreditamos que as eleições de 2 de fevereiro rumam para uma verdadeira reforma nem restabeleçam a confiança da população no sistema", disse Abhisit em entrevista coletiva televisionada.

"Não estamos nos opondo às eleições (...). Mas o país primeiro precisa fazer reformas", acrescentou o dirigente opositor.

O partido, que na terça-feira adiou a decisão por diferenças internas, pressionou ontem através de seus dirigentes o partidode situação Puea Thai e outros grupos minoritários para que aceitassem adiar a votação até que a tensão política diminua.

Antes do anúncio de boicote eleitoral, a primeira-ministra interina reiterou sua intenção de manter a data da votação, que convocou na semana passada após uma grande manifestação.

Em um discurso televisionado, Yingluck defendeu a necessidade de comparecer às urnas pelo Parlamento ser o mecanismo genuíno para fazer as reformas, e convidou a todos os partidos a assinar um acordo para criar um conselho que as leve a cabo uma vez se forme o novo governo.

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Enquanto isso, o movimento antigovernamental, que retomou nesta semana as mobilizações, convocou amanhã seus seguidores a uma manifestação grande com a qual pretendem bloquear todo o trânsito da capital.

O coletivo exige a formação de um "conselho popular" não eleito que reforme o sistema político antes que se realizem eleições para acabar com a corrupção e erradicar o que qualificam como "regime de Thaksin".

Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck, governou a Tailândia entre 2001 e 2006, quando foi deposto por um sangrento golpe militar, e desde 2008 vive exilado em Dubai, onde é acusado de corrupção e, segundo seus opositores, dirige o governo visando a seus interesses.