A primeira-ministra Magdalena Andersson justificou que a Suécia ficaria em uma posição “muito exposta” se fosse o único país báltico não integrado à OTAN| Foto: EFE/EPA/Fredrik Persson
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A Suécia deu mais um passo em direção à OTAN depois que o governante Partido Social-Democrata anunciou neste domingo (15) sua posição a favor da adesão, coincidindo com o dia em que o governo da Finlândia aprovou o envio de seu pedido de ingresso à aliança atlântica.

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“A melhor coisa para a segurança da Suécia e dos suecos é entrar na OTAN”, disse a primeira-ministra Magdalena Andersson, cujo governo de partido único em minoria anunciará formalmente sua decisão na segunda-feira (16) após um debate parlamentar no qual conta com o apoio das principais legendas.

Andersson citou a guerra na Ucrânia e a posição finlandesa como argumentos-chave para justificar uma guinada radical em um partido que fez do não-alinhamento uma marca registrada por décadas e que em novembro aprovou em seu congresso a manutenção do status de aliado e o rechaço à entrada plena na aliança.

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“O não alinhamento militar nos serviu bem, mas não fará o mesmo no futuro. Não é uma decisão que tomamos de forma leviana, mas devemos nos adaptar à realidade”, destacou Andersson, enquanto a ministra das Relações Exteriores, Ann Linde, assegurou que não há “alternativa realista” fora da OTAN.

Andersson ressaltou ainda que há um “antes e um depois” de 24 de fevereiro, data de início da invasão russa da Ucrânia, e que a Suécia estaria em uma posição “muito exposta” se fosse o único país báltico não integrado à OTAN.

Ao mesmo tempo, salientou que a decisão não está direcionada “contra a Rússia”, embora tenha admitido que espera algum tipo de retaliação de Moscou na forma de “ataques cibernéticos, híbridos ou outras medidas”.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]