A Irmandade Muçulmana afirmou ontem que obteve dois terços das cadeiras em disputa no início do processo eleitoral no Egito, o primeiro desde a queda do ditador Hosni Mubarak, em fevereiro. O grupo, representado pelo Partido Liberdade e Justiça (PLJ), afirmou que ficou com 36 das 54 cadeiras, ou 66,6% das vagas.
A Irmandade Muçulmana era um movimento banido sob o regime de Mubarak. O partido islâmico também está à frente em uma votação separada em que as cadeiras são dadas pelos votos nos partidos, não nos candidatos. Na disputa partidária, que distribuirá 100 cadeiras, ela obteve 36,6% dos votos, enquanto o fundamentalista islâmico Al-Nur ficou em segundo, com 24,4%. Os resultados oficiais não foram divulgados.
A vitória arrasadora do PLJ em disputas individuais e sua importância no voto entre os partidos abrem caminho para o partido tornar-se o principal poder no novo Parlamento.