A crise migratória que assola a Europa pode dar força para a direita xenófoba. Na Dinamarca, a oposição de direita recuperou o poder na semana passada graças ao espetacular crescimento do Partido Popular Dinamarquês, legenda de caráter xenófobo que se transformou na segunda força após ultrapassar os liberais de forma surpreendente.

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No entanto, o líder opositor, o liberal Lars Lokke Rasmussen, desponta como futuro primeiro-ministro, já que conta com o apoio de toda a oposição, inclusive a direita xenófoba, que deverá decidir agora se entra no governo ou o apoia de fora, como fez com o Executivo liberal-conservador que governou de 2001 a 2011.

Já a atual primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, anunciou a renuncia como líder do Partido Social-Democrata após a derrota nas eleições gerais.

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O triunfo da oposição, que obteve 52,4% dos votos, foi mais folgado do que apontavam as enquetes dos dias prévios e as pesquisas de boca de urna, que previam uma ligeira vantagem e um papel decisivo para as quatro cadeiras dos territórios autônomos da Groenlândia e das Ilhas Faroe.