Pelo menos 87 pessoas morreram na Líbia desde o último sábado (9) por intoxicação causada por uma bebida alcoólica caseira que foi adulterada. Outras mil pessoas foram intoxicadas e estão internadas em hospitais da capital Trípoli e em outras cidades do país, informou o governo do país.
Catorze pessoas estariam em estado crítico na unidade de terapia intensiva.Segundo o governo, a bebida caseira continha metanol, que é tóxico e pode matar se a ingestão for maior que 25 ml. As autoridades não deram detalhes sobre que tipo de bebida foi contaminada. Ao todo, 378 pessoas foram contaminadas.
O ministro da Saúde, Nouri Doghman, disse que os feridos tinham entre 19 e 50 anos, dentre eles argelinos e tunisianos, marroquinos, somalis, sudaneses e egípcios, além de 12 mulheres.
A intoxicação acontece em meio ao aumento da entrada de bebidas alcoólicas de forma ilegal no país. Devido à lei islâmica, o consumo de álcool é proibido na Líbia desde a saída do ditador Muammar Gaddafi. Porém, as bebidas continuam a entrar no país pelo mercado negro, assim como as drogas.
A ilegalidade dá margem à adulteração das bebidas, que em alguns lugares são produzidas em destilarias clandestinas, em casas e fazendas abandonadas.