Investigadores britânicos estão trabalhando na identificação do corpo de um homem que aparentemente caiu do compartimento de trem de pouso de um avião da Kenya Airways no jardim de uma casa, em Londres.
O voo decolou do Quênia para uma viagem de nove horas até o aeroporto de Heathrow, em Londres, no domingo. Quando o avião descia, o homem caiu do compartimento do trem de pouso, onde a polícia encontrou uma mochila, água e comida. Seu corpo atingiu o solo em um bairro residencial em Clapham, no sul de Londres, ao lado de um homem que tomava banho de sol, segundo informou a BBC. Um morador que afirma ter visto a cena disse que o corpo caiu como "um bloco de gelo".
Incidentes como este já levantaram questões sobre segurança nos aeroportos, especialmente por que a acessibilidade ao compartimentos de trem de pouso sugere que intrusos poderiam explorar essa vulnerabilidade para colocar dispositivos explosivos. A autoridade aeroportuária do Quênia disse que está investigando a violação de segurança.
Casos semelhantes também serviram para demonstrar os riscos dramáticos que os refugiados e imigrantes enfrentam para chegar à Europa. Em quase todos os casos em que identidades foram eventualmente confirmadas, as esperanças de uma vida melhor no exterior parecem ter sido o motivo por trás das tentativas desesperadas.
Apenas uma em cada quatro pessoas sobreviveu ao ficar no compartimento de trem de pouso de um avião em voo, segundo dados de 2012 coletados pela Administração Federal de Aviação, que rastreou quase 100 incidentes.
Aqueles que sobreviveram a provações semelhantes normalmente embarcaram em voos muito mais curtos, em altitudes mais baixas, incluindo um adolescente que fugiu de casa e sobreviveu a um voo de cinco horas de duração, da Califórnia para o Havaí. Mas em 2015, os pesquisadores ficaram perplexos quando um homem sobreviveu à viagem de Johannesburgo a Londres e ainda estava consciente o suficiente para se agarrar ao compartimento do trem de pouso para evitar cair. Ele foi hospitalizado com ferimentos graves, mas foi liberado dois meses depois e transferido para uma unidade de imigração.
Apesar dessas histórias, a maioria morreu devido à falta de oxigênio, temperaturas externas abaixo de -50°C ou esmagadas pelo trem de aterrissagem.
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