Pelo menos três pessoas morreram na Alemanha pelo ciclone Niklas, que mantém grande parte do país em estado de alerta, segundo informou a polícia. Na cidade de Montabaur, no estado federado da Renânia-Palatinado (oeste), duas pessoas morreram quando uma árvore caiu sobre o veículo no qual viajavam, precisaram as forças de segurança.
As equipes de resgate só conseguiram recuperar até agora os corpos dos dois homens, de 21 e 23 anos. Na cidade de Groß Santersleben, no estado federado da Saxônia-Anhalt (leste), um homem morreu após um muro de cimento de seu jardim vir abaixo, informaram as autoridades.
Além disso, várias pessoas ficaram gravemente feridas, entre elas dois trabalhadores, com a queda em Hagen, na Renânia do Norte-Vestfália, de um andaime que estava suspenso a 20 metros de altura enquanto realizavam trabalhos de soldagem.
Por outro lado, dezenas de milhares de passageiros foram afetados pela suspensão do tráfego ferroviário nas linhas de várias regiões, principalmente nos estados federados da Baixa Saxônia e Renânia do Norte-Vestfália. No estado federado da Baviera (sul), as ferrovias foram obrigadas a suspender a circulação de trens de longo percurso. A empresa que gerencia o aeroporto de Frankfurt, Fraport, informou sobre o cancelamento de 170 decolagens e aterrissagens.
O ciclone Niklas, com ventos máximos sustentados de 140 km/h em terreno plano e de 192 km/h na cúpula da Zugspitze, a montanha mais alta da Alemanha, é uma das tempestades mais fortes dos últimos anos, disse Lars Kirchhübel, do Serviço Alemão de Meteorologia.
A força de Niklas não é comparável, no entanto, à dos ciclones Wiebke e Vivian, que causaram devastadores danos no começo dos anos 90, nem ao de Christian, com rajadas registradas em 28 de outubro de 2013 de até 172 km/h no litoral, acrescentou. Está previsto que Niklas deixe a Alemanha nesta noite rumo ao Mar Báltico, embora na quarta-feira ainda haverá fortes ventos e tempestades.
Um porta-voz do aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, o quarto maior da Europa, disse que 80 voos haviam sido cancelados porque a força do vento reduzira a capacidade das pistas. Houve também um alerta para atrasos. Em Roterdã, no maior porto europeu, dois terminais foram fechados, com os navios obrigados a fazer fila no mar. Segundo um porta-voz, a iniciativa foi uma medida de precaução tomada por conta dos ventos fortes. Perto do porto de Vlissingen, autoridades se preparavam para recolocar na água um navio de carga encalhado de 300 metros. A tripulação não estava sob risco, disse uma agência oficial, segundo a rádio pública.
No Reino Unido, os ventos chegaram até os 160 km/h durante a noite, com uma importante ponte sobre o Rio Tâmisa fechada por horas por causa do mau tempo, provocando congestionamento. Na Bélgica, o vento arrancou árvores, danificou postes e cortou linhas de eletricidade para centenas de lares. Em alguns lugares, carros e prédios foram atingidos por destroços, e ligações ferroviárias e rodoviárias foram obstruídas por curto período.
Deixe sua opinião