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O furioso furacão Alex, que atingiu na semana passada o nordeste do México, deixou durante sua passagem pelo país ao menos 12 mortos e muitos danos, mas as chuvas constantes seguidas de eventuais inundações podem provocar mais vítimas.

O Alex, primeiro furacão da temporada no oceano Atlântico e considerado o ciclone de categoria 2 mais potente desde meados de 1966, tocou a terra na noite da quarta-feira, atingindo sobretudo os Estados de Nuevo León e Tamaulipas.

Na industrial Monterrey, terceira maior cidade do país sobre a qual, segundo autoridades, caiu em apenas dois dias o equivalente à chuva de um ano inteiro, os danos à infraestrutura mantêm comunidades sem comunicação e seguem afetando as atividades normais da população.

As chuvas torrenciais causadas pelo Alex provocaram o transbordamento de um rio que atravessa a cidade, destruindo duas das principais avenidas.

"Caiu o teto da minha casa e tive que ir para a casa de minha mãe, mas não temos água, nem luz. É um desastre", disse Patricia Rivera, que trabalha no centro de Monterrey, capital de Nuevo León.

Patricia chegou nesta terça-feira ao trabalho depois de caminhar cerca de cinco quilômetros para evitar o tráfego pesado e subir sete andares de um edifício porque o elevador estava danificado pela umidade.

Mortos de falta de água

A Defesa Civil do Estado informou até agora 12 pessoas mortas em Monterrey e na região metropolitana e ao menos três desaparecidos, que teriam caído em córregos e rios.

As autoridades estatais estimaram os danos ao redor de 770 milhões de dólares, milhares de casas destruídas e havia até 140 mil pessoas sem água potável.

"Recomendaria às pessoas que não tomassem banho agora e que juntassem água da chuva em baldes", disse Jaime García, prefeito de García, um município na região de Monterrey.

Ao caos deixado pelos danos do Alex se somaram as fortes chuvas que provocaram inundações em Sabinas, no Estado de Coahuila, e que ameaçavam fazer transbordar o rio Bravo, na fronteira do México com os Estados Unidos.

"Estivemos cobertos de água até um metro de altura em grande parte do município", disse o prefeito de Sabinas, Jesús Montemayor.

As autoridades ordenaram nesta terça-feira a retirada de 18 mil pessoas no município de Anáhuac, 70 quilômetros ao sul do rio Bravo, enquanto a cidade de Nuevo Laredo seguia em alerta.

Em Tamaulipas, onde o Alex arrancou árvores e derrubou casas na semana passada, as autoridades esperavam que as fortes chuvas causassem inundações.

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