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Violência

Passeata proibida pelas autoridades francesas termina com novos incidentes e prisões

Policiais acompanham a marcha anual em memória a Adama Traoré, na Praça da República, em Paris.
Policiais acompanham a marcha anual em memória a Adama Traoré, na Praça da República, em Paris. (Foto: EFE / Yolan Valat)

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Cerca de mil pessoas participaram de uma manifestação realizada neste sábado (8), no centro de Paris, apesar da proibição das autoridades locais. A marcha anual em homenagem a Adama Traoré – homem negro de 24 anos morto em 2016, após ser detido pela polícia –, contou com a presença de políticos do partido de esquerda França Insubmissa e terminou com incidentes e prisões.

Estima-se que outros 30 eventos semelhantes ocorreram simultaneamente no país, que enfrenta uma onda de protestos contra a violência policial após a morte do adolescente Nahel M., de ascendência árabe, baleado quanto tentava fugir de uma blitz no último dia 27 de junho. Desde então, mais de 3,7 mil prisões foram registradas em toda a França, especialmente nas regiões mais pobres das cidades.

Apesar da proibição inicial, a polícia de Paris não impediu a realização da passeata, convocado por uma ONG liderada por Issa Traoré, irmã de Adama – chamado pela imprensa local de “O George Floyd francês”. Rodeada de jornalistas, ela pediu que os policiais envolvidos na morte de seu irmão, sete anos atrás, respondam criminalmente. Também sugeriu que os manifestantes “deixassem o local sem violência e voltassem para suas casas” após o evento.

No entanto, no final da concentração, houve incidentes e prisões na Praça da República. Outro irmão de Adama, Youssuf Traoré, foi acusado de agredir policiais e acabou detido. A corporação ainda informou que abriu um inquérito contra Issa, pelo suposto crime de “manifestação não comunicada”.

A passeata também foi marcada pela indignação de vários jornalistas que cobriram o ato. Segundo eles, policiais partiram agressivamente para cima da imprensa e destruíram câmeras e outros materiais de trabalho.

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