O patriarca Kirill da Igreja Ortodoxa Russa pediu neste domingo aos fiéis que rezem para que chova, em meio a fortes incêndios florestais, que avançavam pelas zonas europeias do país depois de uma onda de calor sem precedentes em junho.
O verão mais quente jamais registrado desde que começaram as medições há 130 anos destruiu plantações e deixou agricultores próximos da falência.
"A dor atingiu nossa nação, vidas humanas foram perdidas, centenas perderam seu abrigo e centenas ficaram sem alimento, incluindo muitas crianças", informou a mídia local, citando o patriarca Kirill em uma oração durante uma visita à região de Nizhny Novgorod, uma das mais atingidas pelos incêndios.
"Peço a todos unidade em uma oração para que a chuva na nossa terra", afirmou.
Ao menos 28 pessoas morreram em consequência dos incêndios florestais na Rússia europeia nos últimos dias, segundo o Ministério de Emergências. O órgão acrescentou que até domingo de manhã haviam sido registrados 774 incêndios.
Mais de 5.200 pessoas foram retiradas das zonas afetadas pelo desastre.
"A ameaça de novos incêndios foi incrementada devido ao clima pouco favorável em várias regiões dos distritos Central e do Volga, com temperaturas que alcançam 40 graus Celsius e ventos de até 20 metros por segundo", informou o ministério.
A seca na Rússia, um dos maiores exportadores de trigo do mundo, elevou os preços globais do cereal a níveis máximos em anos. Os futuros do trigo nos EUA subiram em mais de 5 por cento na sexta-feira.
Cerca de 240 mil pessoas combatiam as chamas. Unidades do Exército, incluindo paramilitares, também participavam dos esforços para conter o fogo.
O primeiro-ministro Vladimir Putin determinou que o governo destine 5 bilhões de rublos (165 milhões de dólares) para ajudar às vítimas.
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