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Apesar de ressaltar a gravidade da repressão do regime de Bashar Assad contra os opositores, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse ontem ver alguns avanços na crise política na Síria e a considera um cenário distinto do existente na Líbia.

A declaração do chanceler brasileiro foi dada um dia depois de os Estados Unidos afirmarem que Assad perdeu a legitimidade e de o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) ter aprovado uma declaração na qual condena os ataques de partidários do regime às representações diplomáticas americana e francesa em Damasco.

"Apesar da violência de escala inaceitável, não condizente com um Estado moderno, democrático e pluralista, como o Brasil já deixou claro diversas vezes, o governo sírio tem demonstrado disposição em promover um diálogo nacional, rever leis eleitorais, soltar presos políticos e avançar em algumas reformas", disse o chanceler ontem em entrevista no Conselho de Segurança da ONU, em Nova York.

Segundo Patriota, o caso sírio se difere do líbio em dois pontos. Primeiro, porque, segundo ele, não há um consenso no mundo árabe, como ocorreu no caso da Líbia, quando a Liga Árabe apoiou a resolução contra Muamar Kadafi. Em segundo lugar, diz, há uma polarização entre os que defendem uma resolução e os que preferem trabalhar bilateralmente.

"O Brasil, a Índia e a África do Sul têm tentado aproximar essas posições", disse o ministro. O chanceler defende que o Conselho de Segurança se pronuncie de forma consensual por meio de uma resolução ou de uma declaração presidencial. "Mas a verdade é que a dificuldade está no seio dos próprios membros permanentes" acrescentou, em referência a EUA, Grã-Bretanha, Rússia, França e China.

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