O documento com pedido de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será apresentado na Câmara dos Representantes na próxima segunda-feira (11), informou o deputado Ted Lieu neste sábado (9). Segundo ele, a versão preliminar do texto elaborado por democratas já conta com assinaturas de 180 parlamentares.
O rascunho da resolução acusa Trump de ter deliberadamente incitado apoiadores a invadirem o Congresso americano, na última quarta-feira (6), para impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais. A manifestação, que se seguiu a um discurso do presidente, terminou em violência e causou pelo menos cinco mortes.
A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, tem pressionado o vice-presidente Mike Pence a invocar a 25ª emenda da Constituição, pela qual o gabinete pode destituir o chefe de Estado caso julgue que ele é incapaz de exercer a presidência. No entanto, ela já afirmou que seguirá em frente com o impeachment se Pence não acatar a recomendação.
Pressionado, Trump finalmente admitiu a derrota para Biden e assegurou que haverá uma transição pacífica de poder, depois de passar meses tentando invalidar o resultado eleitoral sob acusações infundadas de fraude. Mesmo assim, o gesto não conseguiu conter o coro pelo impeachment entre democratas.
Não está claro se a proposta conseguirá apoio dos republicanos. Segundo memorando assinado pelo líder da maioria no Senado, Mitch McConnell e obtido pelo jornal The Washington Post, é improvável que a Casa teria tempo de votá-la antes do fim do mandato de Trump, marcado para 20 de janeiro, às 12h no horário de Washington.
Questionado sobre se endossaria os planos democratas, Biden respondeu de forma evasiva e se limitou a afirmar que a decisão sobre a destituição cabe ao Congresso.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais