As Filipinas colocaram em alerta na sexta-feira 12 províncias do norte do arquipélago ameaçadas pela passagem do tufão Nalgae, na mesma semana em que outro tufão, o Nesat, causou grandes inundações na ilha de Luzon.

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Os meteorologistas disseram que o Nalgae tem ventos regulares de 140 quilômetros por hora, com rajadas de até 170, e que ele deve se intensificar antes de chegar na manhã de sábado à costa da província de Cagayan, grande produtora de arroz.

Graciano Yumul, chefe do serviço de meteorologia, disse que o novo tufão pode causar enchentes e deslizamentos, e aconselhou moradores a se transferirem para terrenos elevados.

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Yumul disse que o Nalgae (chamado de Quiel nas Filipinas) está ganhando velocidade e força no Pacífico, por onde avança para noroeste a 26 quilômetros por hora. Como ele tem um diâmetro de 500 quilômetros, já começa a provocar chuvas em províncias do nordeste filipino.

Em nota, o presidente Benigno Aquino disse que "precisamos transferir todos os que estão em perigo... convencer pescadores e residentes de áreas costeiras e de áreas montanhosas a ficarem em alerta e terem cautela extra."

Nesta semana, o Nesat matou 43 pessoas e provocou prejuízos superiores a 90 milhões de dólares pela destruição de plantações e infraestrutura, segundo autoridades das Filipinas. Depois, esse tufão matou mais uma pessoa na ilha turística chinesa de Hainan, que também está na trajetória do Nelgae.

Mais de 100 mil toneladas de arroz foram perdidas na região central de Luzon devido ao Nesat, e é possível que o país precise importar o produto.

As autoridades temem que o Nelgae agrave as enchentes causadas pelo Nelsat. Localidades nas províncias de Pampanga e Bulacan, ao norte de Manila, estão inundadas, e o nível das águas pode subir na sexta-feira, já que comportas foram abertas na região para que os reservatórios consigam receber as chuvas decorrentes do Nelgae.

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A TV local mostrou pessoas com água pelo peito nas ruas de Bulacan, e outras ilhadas no teto de casas, acenando para pedir socorro. "Não sabemos por que a água está subindo, pois não há mais chuvas", disse Maribeth Galang, moradora da localidade de Calumpit, na província de Bulacan.

Ela disse que falta água potável, comida e eletricidade, e queixou-se da ausência de equipes de socorro.

Lilida Pineda, governadora da província de Pampanga, disse que as pessoas precisam fugir por conta própria. "Não esperem por nós, porque temos uma capacidade humana limitada."