O Egito pressionou na quarta-feira o Hamas a reconhecer os acordos anteriores dos palestinos com Israel, para que o processo de paz possa ser retomado.

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Foi o apelo mais direto do Egito ao Hamas desde que o grupo islâmico assumiu a Autoridade Palestina, em março. O Egito antes argumentava que o mundo deveria dar mais tempo para que o Hamas reconheça a existência de Israel, abandone a violência e cumpra os tratados prévios.

- O governo palestino deve reconhecer todos os acordos anteriores de Israel com a Autoridade Palestina, para que possamos convencer Israel e a Autoridade Palestina a novamente se sentarem à mesa de negociações - disse o presidente do Egito, Hosni Mubarak.

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Reconhecer os acordos, que remontam a 1993, significa a aceitação implícita de uma solução baseada na coexistência de dois Estados - Israel e Palestina.

Em entrevista coletiva ao lado do presidente da França, Jacques Chirac, Mubarak disse também que um ataque às instalações nucleares do Irã teria graves repercussões para a região e possivelmente para o mundo.

Mubarak e Chirac recomendaram que a ajuda internacional aos palestinos continue sob o governo do Hamas, e o presidente francês disse que vai discutir formas de isso ocorrer nos próximos dias, em Paris, quando recebe o colega palestino Mahmoud Abbas.

A França, como parte da União Européia, seguiu o exemplo dos EUA e suspendeu a ajuda direta à Autoridade Palestina.

Na segunda-feira, um atentado suicida reivindicado pelo grupo Jihad Islâmica em Tel Aviv agravou a crise. O Hamas não condenou o ataque, que atribuiu a uma reação "natural" de autodefesa contra Israel.

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- A melhor forma de evitarmos todos esses atos violentos é que os dois lados se sentem juntosÜ - disse Mubarak.

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