Pelo menos dois cidadãos franceses sobreviveram à operação do Exército da Argélia na planta de exploração de gás tomada por terroristas islâmicos no sul do país africano, informou nesta sexta-feira o ministro do Interior da França, Manuel Valls.

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"Temos notícias de que dois retornaram. Com relação aos outros dois, se havia outros dois, neste momento não temos informações. Esperamos tê-las durante a manhã", apontou Valls em entrevista concedida à emissora "RTL".

O ministro do Interior acrescentou que havia "muito poucos franceses nessa base" situada a cerca de 1.600 quilômetros da capital, Argel.

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O presidente da França, François Hollande, assinalou ontem que a libertação dos argelinos e estrangeiros sequestrados se desenvolveu "em condições dramáticas".

Hollande destacou também que o assalto de um grupo próximo à Al Qaeda do Magreb Islâmico (AQMI) à planta de gás "justifica mais a decisão de auxiliar o Mali".

Crise dos reféns na Argélia ainda está "em curso", diz Reino Unido

A crise dos reféns na Argélia, onde vários estrangeiros foram sequestrados por um grupo islâmico em um campo de exploração de gás, ainda está "em curso", informou nesta sexta-feira o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido.

Pelo menos um britânico morreu no assalto realizado na quarta-feira por salafistas contra a planta de gás operada pela multinacional britânica BP em Amenas, ao leste da Argélia e próxima à fronteira com a Líbia.

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Apesar de algumas informações procedentes da Argélia indicarem que a crise terminou, o Ministério das Relações Exteriores especificou hoje em comunicado que a situação segue "em curso" e que o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, falou duas vezes ontem com seu colega argelino, Abdelmalek Sellal.

O comunicado não detalha o número total ou o estado dos britânicos sequestrados, embora já se saiba que um cidadão do Reino Unido morreu.

"Nossa prioridade seguirá sendo a segurança dos britânicos e dos seus companheiros de trabalho. Não podemos fornecer nenhum detalhe que possa pôr em perigo suas vidas, mas trabalhamos contra o relógio para resolver a crise", ressalta o Ministério das Relações Exteriores, antes de advertir que o Reino Unido deve preparar-se para receber "más notícias".