Pelo menos 52 somalis morreram numa embarcação que foi deixada a deriva por dezoito dias nas águas do Golfo de Aden, na costa do Yemen. O anúncio foi feito ontem pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR).
Segundo o comunicado, o barco que transportava 124 refugiados partiu da Somália em direção ao Yemen no dia 3 de setembro, mas quebrou algumas horas depois. Sob pretexto de que iriam recarregar as baterias do motor e prometendo voltar rapidamente, os tripulantes partiram numa embarcação menor, deixando os passageiros sem água e comida. Mas não voltaram.
Quando o barco se aproximou um pouco da costa, três passageiros se jogaram no mar numa tentativa de buscar socorro. Um deles morreu, porém os dois outros acabaram conseguindo avisar a Guarda Costeira iemenita que fez o resgate no dia 21 de Setembro
Os passageiros somalis, com idade entre 2 e 40 anos, haviam pago entre U$70 e U$100 para fazer a travessia, deixando para trás seu país devastado pela guerra, pela insegurança e pelo desemprego. Segundo estimativas da ONU somente neste ano mais de 31 mil pessoas entre somalis e etíopes tentaram a arriscada travessia pelo Golfo de Adén, 228 morreram e outras 262 estão desaparecidas.
Ontem também na Costa da Somália, piratas pediram US$ 20 milhões de resgate para liberar o navio Faina, de bandeira ucraniana, que está nas mãos do grupo. O navio, carregado com 33 tanques russos T-72 e armamento pesado, seguia para o Quênia, quando foi capturado.
Polícia isola prédio do STF após explosão de artefatos na Praça dos Três Poderes
Congresso reage e articula para esvaziar PEC de Lula para segurança pública
Lula tenta conter implosão do governo em meio ao embate sobre corte de gastos
A novela do corte de gastos e a crise no governo Lula; ouça o podcast