O ex-presidente americano Donald Trump afirmou nesta terça-feira (25), por meio de uma mensagem da sua equipe de campanha, que “a presidência de Joe Biden tem sido um fracasso” e “não merece mais quatro anos para continuar destruindo os Estados Unidos”.
Após o anúncio de Biden de que tentará a reeleição em 2024, a equipe de Trump faz uma avaliação bastante negativa da situação do país sob o comando do atual presidente e detalha, em uma longa mensagem, o que o ex-presidente republicano fará caso vença as eleições no próximo ano.
"Os Estados Unidos estão à beira de uma guerra nuclear mortal. Os americanos estão lutando para pagar por comida e gasolina. A fronteira foi aberta a milhões de imigrantes ilegais desconhecidos e toneladas de drogas mortais", alertou a mensagem do ex-presidente.
Trump e Biden foram os candidatos republicano e democrata, respetivamente, nas eleições de 2020, cenário que se repetiria em 2024 se, como indicam as sondagens até aqui, Trump conquistar a indicação do Partido Republicano.
Entre as medidas que Trump planeja implementar se retornar à Casa Branca está o fornecimento de "bônus para bebês" a famílias jovens para ajudar a iniciar "um baby boom muito necessário"; "recompensar a produção doméstica e aumentar as tarifas sobre fabricantes estrangeiros"; e "remover todas as regulamentações federais desnecessárias que impedem a produção doméstica de energia".
Além disso, ele promete retirar os EUA do Acordo Climático de Paris e emitir rapidamente aprovações para projetos de infraestrutura energética; mobilizar todos os ativos militares necessários para impor um embargo naval total aos cartéis de drogas e declará-los organizações terroristas.
Também está em sua agenda pedir ao Congresso que assegure que os traficantes de drogas recebam a pena de morte e fazer "um investimento recorde em recrutamento, retenção e capacitação de oficiais de polícia". Além disso, quer garantir que as agências locais de aplicação da lei cooperem com as autoridades de imigração "para prender e deportar estrangeiros criminosos" e "assegurar por completo a fronteira".
George Soros
Vários parágrafos são dedicados à luta de Trump contra "promotores marxistas radicais", na qual inclui a nomeação de "100 promotores dos EUA que serão o polo oposto dos promotores distritais de [George] Soros que estão destruindo o Estado de Direito nos Estados Unidos".
Esse movimento é uma alusão ao fato de que um promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, a quem ele acusa de ser marxista e ser financiado pelo investidor George Soros, o indiciou criminalmente por supostos pagamentos ilegais que fez a uma atriz pornô para comprar seu silêncio.
O desmantelamento de "todas as gangues, grupos de rua e redes de drogas" nos EUA, o envio de "recursos federais, incluindo a Guarda Nacional, para restaurar a lei e a ordem quando a polícia local se recusa a agir" são outras das medidas mencionadas em um possível segundo mandato de Trump.
No âmbito educacional, o ex-presidente propõe cortar o financiamento federal para qualquer escola que promova teorias de racismo sistêmico, ideologia de gênero e outros "conteúdos impróprios".