São Paulo - A península Antártica, região da Antártida onde fica a base do Brasil, é hoje a área do continente austral que mais esquenta. Um novo estudo, porém, deixa claro que esse é um fenômeno recente: nos últimos 30 milhões de anos, a península nunca parou de esfriar.
A conclusão é de um estudo publicado na última edição da revista científica PNAS, que usou dados geológicos para reconstruir as lentas mudanças do clima na região (na realidade, lentas até as mudanças causadas pelo homem ao longo dos últimos séculos).
A equipe da Universidade Rice, no Texas, estima que as primeiras geleiras apareceram na península há cerca de 35 milhões de anos. No entanto, durante vários milhões de anos, a região continuou com florestas de pinheiros. A capa de gelo só predominou a partir de 12 milhões de anos atrás.
O processo de aquecimento tem provocado vários problemas. Em março deste ano, por exemplo, o site LiveScience noticiou que uma colônia de pinguim-imperador que vivia no extremo da península antártica desapareceu. Os animais sofreram uma queda populacional em 1978. Em 2009, porém, eles haviam sumido completamente.