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Ash Carter e oficiais: combinação de força militar e medidas políticas e econômicas para derrotar o EI. | Jonathan Ernst/Reuters
Ash Carter e oficiais: combinação de força militar e medidas políticas e econômicas para derrotar o EI.| Foto: Jonathan Ernst/Reuters

O secretário de Defesa norte-americano Ash Carter convocou uma reunião extraordinária nesta segunda-feira (23), seis dias após ter assumido o cargo, para discutir os aspectos mais importantes da geralmente criticada estratégia de combate do governo ao grupo Estado Islâmico (EI) e para investigar suas falhas e fraquezas. O encontro aconteceu em Campo Arifjan, no Kuwait.

Carter disse que reuniu uma série de generais norte-americanos, diplomatas e oficiais de inteligência não apenas para ouvir sobre os progressos mais recentes no campo de batalha, mas também para entender melhor os fundamentos intelectuais da estratégia do presidente Barack Obama para combater o EI, o que inclui as formas como a força militar deve ser combinada com medidas políticas e econômicas para reverter os ganhos obtidos pelo grupo e, por fim, derrotá-lo.

É diferente dos anos iniciais, quando viemos ao Afeganistão por causa de um ataque da Al-Qaeda. Essas formas de terrorismo mudaram ao longo do tempo e faz sentido levá-las em consideração.

Ash Carter Secretário de Defesa dos Estados Unidos.

Ao redor da enorme mesa estavam cerca de 25 graduados oficiais, dentre eles o general Lloyd Austin, chefe do Comando Militar Central; os enviados presidenciais John Allen e Brett McGurk; os comandantes das forças norte-americanas na Europa e na África e embaixadores dos Estados Unidos na Jordânia, Kuwait, Arábia Saudita, Egito e outros países árabes, com participação na luta contra o Estado Islâmico.

Entre outros importantes participantes estavam o general do Exército Joseph L. Votel, comandante do Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos, e o tenente-general Michael Nagata, chefe do programa que treina e equipa uma força rebelde moderada na Síria. Vários dos principais auxiliares de Carter no Pentágono também participaram do encontro.

No domingo, em Kandahar, Carter disse aos repórteres que acredita que os EUA devem repensar sua abordagem para conter o terrorismo, em parte por causa do surgimento do EI no Iraque e na Síria. “Essas formas e meios de terrorismo mudaram ao longo do tempo e faz sentido levá-las em consideração”, avaliou Carter, sem informar detalhes sobre como os EUA devem adaptar sua estratégia de contraterrorismo.

Famílias pedem retorno de garotas britânicas que fugiram para a Síria

As famílias de três adolescentes britânicas que viajaram para a Síria para se juntar ao grupo extremista Estado Islâmico fizeram nesta segunda-feira (23) uma declaração pública emocionada implorando para que elas voltem para casa. A polícia procura as três garotas na Turquia e ainda não tem nenhuma pista do paradeiro delas.

As garotas, estudantes da mesma escola no leste de Londres, desapareceram na última terça-feira (17) e não deixaram nenhuma mensagem. Segundo as autoridades, elas embarcaram em um voo para Istambul. Os parentes de Shamima Begum e Amira Abase, ambas de 15 anos, e Kadiza Sultana, de 16 anos, demonstraram choque e medo durante entrevistas para a mídia britânica.

As autoridades foram criticadas após a divulgação de que, antes das garotas desaparecerem, uma delas, Shamima Begum, teve contato online com Aqsa Mahmood, uma menina que viajou para a Síria em 2013 para se tornar uma “noiva da jihad”. De acordo com as famílias, as meninas não mostravam que tinham algum interesse em grupos extremistas e que tinham planos de viajar para fora do país.

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