O Pentágono afirmou nesta quinta-feira (11) que não acredita que Pyonyang tenha desenvolvido capacidade para montar e lançar um míssil nuclear, depois que um congressista americano revelou que a inteligência do Departamento de Defesa tinha uma "confiança moderada" nessa possibilidade.

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"Seria impreciso sugerir que o regime norte-coreano provou completamente, desenvolvido ou demonstrado o tipo de capacidades nucleares mencionadas no extrato (do relatório)", disse o porta-voz do Pentágono, George Little, em comunicado.

Em uma audiência no Comitê de Forças Armadas da Câmara dos Representantes (Deputados), o representante republicano Doug Lamborn leu um extrato de um relatório classificado (sigiloso) realizado pela Agência de Inteligência de Defesa (DIA, na sigla em inglês) e distribuído a membros do Governo e congressistas sobre o potencial risco nuclear da Coreia do Norte.

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O extrato, que está desclassificado, assinalava que a DIA "acredita com confiança moderada que a Coreia do Norte pode transferir armas nucleares em mísseis balísticos, embora sua confiabilidade seria baixa", leu Lamborn.

Little não deu mais explicações em seu comunicado devido a que "o relatório completo está classificado", apesar do extrato em questão não estar.

"Os Estados Unidos continuam supervisionando de perto o programa nuclear norte-coreano e pede à Coreia do Norte que honre suas obrigações internacionais", acrescentou.

O diretor de inteligência nacional, James Clapper, emitiu mais tarde outro comunicado no qual lembrava que a observação contida no relatório corresponde apenas à DIA, e não às 16 agências de inteligência do país.

"A Coreia do Norte ainda não demonstrou toda a capacidade necessária para um míssil nuclear armado", disse Clapper.

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Segundo indicaram à emissora "CNN" vários funcionários americanos, o extrato lido por Lamborn foi desclassificado "por erro".

"Muitos no Pentágono ficaram perplexos ao escutar essa análise lida em voz alta em uma audiência aberta ao público", disse um funcionário da defesa.

Em declarações ao mesmo canal, Lamborn assegurou que a única parte que está desclassificada no relatório da inteligência é "essa única frase e o título" do mesmo.