O Pentágono confirmou nesta sexta-feira (5) a morte do líder do grupo radical islâmico Al Shabaab, Ahmed Abdi Godane, em bombardeio feito por um drone americano no Sul da Somália. Godane era cofundador da milícia vinculada à rede terrorista Al Qaeda e era seu principal líder desde a morte de Aden Hashi Ayro, em 2008, também atingido por um ataque americano.
Segundo o porta-voz do órgão militar americano, John Kirby, o líder radical estava em um acampamento destruído por bombardeios na segunda (1). "É um grande golpe e uma perda operacional para o Al Shabaab", afirmou. Kirby diz que a morte só foi confirmada após os serviços de inteligência terem interceptado ligações feitas pelos terroristas e ouvido informantes na região.
O governo americano oferecia até US$ 7 milhões (R$ 16 milhões) por informações que levassem ao paradeiro do líder extremista.
Godane
Nos seis anos de comando do Al Shabaab, Godane aumentou a influência do grupo no leste da África e associou-se à Al Qaeda. Em 2011, durante a fome que deixou mais de 200 mil mortos no país, ordenou o roubo de comida e impediu a chegada de água a agricultores famintos. No ano passado, a milícia assumiu o ataque de quatro dias ao shopping Westgate, de Nairóbi, no Quênia, que deixou 69 mortos.