As Forças Armadas dos Estados Unidos reportaram 3.191 denúncias de agressão sexual em 2011, mas o número real provavelmente deve rondar os 19 mil porque a maioria desses casos não são registrados, informou nesta quarta-feira (18) o secretário de Defesa americano, Leon Panetta.

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Diante dessa situação, o Pentágono decidiu tomar novas medidas para evitar a ocorrência dessas situações no seio das Forças Armadas.

"Nossos homens e mulheres uniformizados arriscam a vida todos os dias para manter os Estados Unidos seguros. Temos o dever moral de mantê-los a salvo daqueles que atacam sua dignidade e sua honra", disse Panetta.

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Em 2011, houve 3.191 denúncias de abuso sexual, um aumento desde 2005, quando o Departamento de Defesa começou a registrar os casos com a metodologia atual.

Programa

Panetta anunciou a criação de um novo programa do Departamento de Defesa que incluirá coordenadores que respondam aos casos de violência sexual e defensores das vítimas, cujo trabalho consistirá em supervisionar o atendimento delas desde o momento do relatório inicial da mesma maneira que os padrões nacionais de agências civis.

Além disso, os cônjuges de militares e filhos adultos, assim como os civis do Departamento de Defesa fora dos Estados Unidos, poderão apresentar relatórios confidenciais de abusos.

O Departamento de Defesa destinará US$ 9,3 milhões em cinco anos para a capacitação e melhora das investigações e processos e emitirá um relatório dentro de 120 dias sobre a avaliação da formação dos comandantes em matéria de abuso sexual.

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No mês passado, o Pentágono anunciou outras duas medidas, uma que permite às vítimas de abuso reportá-lo imediatamente a outras unidades e outra cujo objetivo é conservar os documentos militares durante 50 anos para facilitar a reivindicação de compensações dos veteranos no futuro.