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O Pentágono planeja reduzir a presença de tropas dos EUA no Iraque de atuais 155 mil soldados para 138 mil depois das eleições de 15 de dezembro naquele país e está considerando reduzir este número para cerca de 100 mil em meados do ano que vem, se as condições permitirem, relataram altos funcionários da área de Defesa nesta quarta-feira.

Os planos, revelados na edição desta quarta-feira do jornal "The Washington Post", são ventilados em meio ao acirramento dos debates no Congresso dos EUA sobre um prazo para a retirada do Iraque, dois anos e meio após a eclosão do conflito.

A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, esquentou o debate, dizendo que é provável que os EUA não precisem manter o atual número de soldados naquele país por "muito mais tempo".

Segundo o Pentágono, uma variedade de cenários, inclusive a possibilidade de não reduzir o contingente, estão sendo considerados, com base nas condições políticas e de segurança do Iraque e avanços no desempenho das forças iraquianas treinadas pelos EUA.

Em entrevistas a emissoras de TV americanas, Condoleezza Rice destacou a boa preparação das tropas iraquianas como fator-chave para permitir a retirada e acha que o desempenho das forças treinadas pelos EUA está melhorando.

- Não creio que os soldados americanos precisem estar ali, nos níveis atuais, durante muito mais tempo - disse Rice à Fox News.

O Pentágono ressaltou que nenhuma decisão foi tomada.

- Os militares estão observando uma gama de coisas que podem ocorrer no Iraque e fazem planos de acordo com isso, fazem planos para condições que levariam a uma redução nas forças da coalizão, bem como para condições que levariam a uma ampliação - disse o porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman.

O governo dos Estados Unidos está sob crescente pressão política e da opinião pública para estabelecer uma agenda clara de retirada. Na semana passada, um congressista apresentou pela primeira vez um projeto de lei que pedia a saída rápida dos soldados, e o presidente George W. Bush tem feito defesas veementes da manutenção das tropas. Pesquisas de opinião têm mostrado que cresce entre os americanos o pessimismo em relação aos resultados da permanência no Iraque.

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