Militares americanos começam a se preparar para enfrentar uma eventual pandemia de gripe aviária, que poderia matar até três milhões de pessoas nos Estados Unidos em apenas seis semanas, informou o Pentágono através de comunicado.
O "Plano de implementação para uma pandemia de gripe" do Departamento de Defesa, divulgado na quarta-feira no site do Pentágono, estabelece pautas e planos para os serviços militares e comandos de combate americanos.
Entre os possíveis cenários estão sendo cogitados o destacamento de efetivos para controlar tumultos, vigiar fábricas de remédios e transporte de medicamentos e ajudar a inspecionar o movimento interno e fronteiriço.
O plano prevê ondas de alastramento rápidas e catastróficas da doença, que poderiam passar pelas instalações sanitárias e paralisar a capacidade de resposta local e estatal de oferecer serviços básicos à população.
"Uma pandemia nos Estados Unidos poderia atingir de 20% a 35% da população, com 3% dela hospitalizada, e um percentual de mortes de cerca de 1%", apontou o documento na seção dedicada a "suposições de planificação".
Um surto de contágio da gripe aviária entre humanos tem maior chance de acontecer fora dos Estados Unidos e pode não ser efetivamente contida, alertou.
"Uma explosão da pandemia deve durar de 6 a 12 semanas, seguida de múltiplas ondas da pandemia", ressaltou.
Segundo o informe, se a pandemia começar fora dos Estados Unidos, entrará no país por vários lugares e se estenderá rapidamente a outras partes. Uma vacina para o tipo específico da gripe não estaria disponível para ser distribuída antes de um período mínimo que pode variar entre seis a nove meses depois de confirmado clinicamente um surto de contágio da enfermidade entre humanos, calcula o informe.
O transporte a nível nacional ou internacional será restrito à contenção da propagação do vírus, e as comunidades podem voluntariamente fechar escolas e limitar as reuniões sociais. Entretanto, estas medidas terão efeito mínimo para conter a enfermidade devido a seu curto período de incubação e à possibilidade de que indivíduos sem sintomas transmitam o vírus.
"As instalações médicas civis e militares estarão de sobreaviso", concluiu o informe.
Mas ainda que os militares sejam chamados para evacuar os não infectados e para ajudar os doentes, a prioridade zero das forças armadas americanas será preservar a eficiência operacional do Departamento de Defesa e de seus efetivos em todo o mundo.
Além disso, o Departamento de Defesa deve desenvolver um plano para garantir a continuidade das operações do governo americano e para estar preparado para suprir as autoridades civis com medicamentos, transporte aéreo e forças de segurança. "Quando o presidente ordenar, o Departamento de Defesa dará apoio às autoridades civis no caso de distúrbios civis", garantiu o documento.
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