A Costa Rica, um dos menores países da América Central, é um exemplo para a conturbada região. Com uma longa história democrática – lá há eleições desde 1913 –, os costa-riquenhos não vivem no paraíso, mas estão bem melhor que muitos dos seus vizinhos.

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A taxa de analfabetismo caiu para 4%, contra 20% em Honduras e 23% na Nicarágua. A expectativa de vida chega a 78,8 anos, muito acima da registrada na Guatemala (70,3 anos) e El Salvador (71,9).

Sem Exército, a segurança nacional é responsabilidade da Guarda Nacional e dos guardas rurais na Costa Rica. O sistema singular atende às expectativas dos cerca de 4,5 milhões de habitantes, apesar do crescimento da violência ser um dos principais problemas a serem enfrentados pela presidente eleita, Laura Chinchilla.

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Economicamente, a Costa Rica conseguiu superar a limitação agrícola com uma moderna indústria de componentes de informática. Desde 1977, quando a norte-americana Intel se instalou no país, houve uma verdadeira revolução tecnológica. Hoje mais de 150 pequenas e médias empresas exportam seus produtos para Europa e Estados Unidos.

Os componentes eletrônicos já representam 33% das exportações costa-riquenhas e superam a tradicional produção de banana, os cafezais e a indústria têxtil.

O setor de turismo, especialmente o ecoturismo, também é um sucesso. Cerca de 30% do território está protegido No mês passado passei seis horas em San José, a capital costa-riquenha, e pude verificar o grande movimento de turistas em seu principal aeroporto. Aviões de grandes companhias aéreas mundiais chegam e decolam lotados de estrangeiros o tempo todo.

Resta saber se Chinchilla conseguirá manter o avanço do país, que passou os últimos 27 anos sem saber o que é recessão. Para isso terá de atacar alguns alvos, como a deficiente infraestrutura de telecomunicações e a burocracia.

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