Um relatório estatal da China acusou os Estados Unidos de estarem por trás de boa parte dos ataques sofridos nos últimos dois meses por sites institucionais do país asiático, afirmou nesta segunda-feira (11) a agência Xinhua, algumas semanas depois que um documento similar denunciou ataques cibernéticos de chineses contra interesses americanos.

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Segundo a Xinhua, o relatório - publicado pelo Centro de Coordenação Nacional de Respostas a Emergências de Rede (CNCERT) - afirma que 85 páginas da internet de instituições e companhias estatais foram atacadas do exterior entre setembro de 2012 e fevereiro de 2013.

Entre as "vítimas", afirma o documento, se encontram o site oficial da voz do Partido Comunista, o "Diário do Povo" (people.com.cn), e o portal de informações governamentais China.com.cn.

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Apesar de todos os ataques não terem origem nos Estados Unidos, este é o país de onde foram feitas mais tentativas, um total de 5.792 (em 39 dos 85 sites atacados).

Além disso, uma terceira parte dos servidores (2.194 de 6.747) que utilizaram "cavalos de tróia" e outros aplicativos para controlar cerca de 1,9 milhões de computadores na China estão localizados nos Estados Unidos, segundo o relatório.

Este também destacou que 73% das tentativas de "phishing" (fraude com falsos sites de bancos e outras companhias) na China procediam dos Estados Unidos.

No dia 19 de fevereiro, um relatório da empresa americana Mandiant acusou o exército chinês de estar por trás de uma série de ataques cibernéticos contra empresas, instituições e infraestruturas dos EUA.

Não é a primeira vez que os EUA fazem acusações deste tipo, mas a novidade nessa ocasião foi que o relatório localizava com detalhes as origens dos ataques, um edifício do exército chinês em um bairro de Xangai.

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No sábado (9) passado, o ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, pediu uma maior colaboração internacional contra os ataques dos piratas da informática, e reiterou a rejeição das acusações de que a China estaria por trás de vários ataques cibernéticos contra os EUA.

"Quem tenta fabricar ou criar uma história sensacionalista que sirva para seus motivos políticos não poderá manchar o nome de outros, muito menos limpar o seu", afirmou o ministro.