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Argentina

Pequim adverte Milei que romper relações com China e Brasil seria “grande erro”

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que “nenhum país pode romper relações diplomáticas e ainda ser capaz de se envolver no comércio e na cooperação econômica” (Foto: EFE/EPA/ANDRES MARTINEZ CASARES)

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O governo da China alertou nesta terça-feira (21) o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, de que cortar relações com o país asiático e o Brasil seria um “grande erro”.

O economista libertário, que no domingo (19) venceu o peronista Sergio Massa no segundo turno da eleição presidencial argentina, disse durante a campanha que não pretende manter parcerias com a China e governos sul-americanos de esquerda.

“As pessoas não são livres, não podem fazer o que querem. E quando elas fazem o que querem, eles [governo] as matam”, afirmou Milei sobre a China.

Nesta terça-feira, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que “as relações bilaterais entre a China e a Argentina demonstraram um sólido impulso de crescimento” e que a segunda maior economia do mundo “está pronta para trabalhar com a Argentina para manter as nossas relações num rumo estável”.

A respeito das relações entre os dois governos, Mao fez uma advertência. “Nenhum país pode romper relações diplomáticas e ainda ser capaz de se envolver no comércio e na cooperação econômica. Seria um grande erro de política externa se a Argentina cortasse laços com países importantes como a China ou o Brasil”, afirmou a porta-voz.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec), o Brasil foi nos dez primeiros meses de 2023 o país para quem os argentinos mais venderam e do qual mais comprou. Já a China foi o terceiro maior destino das exportações argentinas e o segundo país de quem a Argentina mais importou.

Entretanto, nos dois casos, o saldo comercial argentino foi negativo: em US$ 7,827 bilhões com a China e em US$ 5,415 bilhões com o Brasil. Entretanto, vale destacar que o agronegócio argentino, principal setor da economia local, sofreu com a seca até o primeiro semestre deste ano.

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