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O bombardeiro americano B-52 | Reuters/Peter Macdiarmid/Arquivo
O bombardeiro americano B-52| Foto: Reuters/Peter Macdiarmid/Arquivo

O Ministério chinês da Defesa denunciou neste sábado (19) “uma grave provocação militar”, após o sobrevoo na semana passada de um bombardeiro americano B-52 por pequenas ilhas artificiais no Mar da China, reivindicadas por Pequim e objeto de disputas com países vizinhos.

“No dia 10 de dezembro, dois bombardeiros americanos B-52 entraram sem autorização no espaço aéreo das ilhas chinesas Nansha e de águas territoriais adjacentes”, afirma um comunicado ministerial, que usa o nome em mandarim das ilhas Spratleys.

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Ainda neste sábado, o Pentágono disse que investiga o incidente.

“Os chineses nos informaram sua preocupação com a trajetória de voo de uma missão recente. Estamos nos informando a esse respeito”, declarou à AFP o porta-voz do Departamento americano da Defesa, Mark Wright.

“Também posso lhes dizer que, para essa missão, não havia a intenção de voar a menos de 12 milhas náuticas de qualquer instalação”, acrescentou.

Durante uma missão de dois B-52 na semana passada, uma das aeronaves se aproximou a menos de duas milhas náuticas de uma ilha artificial construída pela China em um recife das Spratleys, supostamente pelas más condições meteorológicas, informou na sexta-feira o “Wall Street Journal”, que citou fontes do Pentágono.

“Este comportamento (representa) uma grave provocação militar, que complica a situação geral no Mar da China meridional” e que contribui para “a militarização da região”, acusa o Ministério chinês.

Pequim reivindica soberania sobre quase todo o Mar da China meridional e realiza grandes obras para transformar recifes de coral em portos e pistas de pouso de diversas infraestruturas.

Vietnã, Filipinas, Malásia e Taiwan também têm reivindicações sobre parte da região, o que provoca importantes divergências territoriais entre todos os países.

Washington considera que as construções e pretensões chinesas representam uma ameaça para a liberdade de navegação em uma das rotas marítimas mais estratégicas do planeta.

O comunicado ministerial chinês adverte que o país “adotará as medidas necessárias para defender de forma decidida a soberania e a segurança do país”.

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