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Camila Pitanga na pele de Bebel | Arquivo Gazeta do Povo
Camila Pitanga na pele de Bebel| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Peritos forenses britânicos farão novas análises de DNA que podem ser fundamentais no caso da menina desaparecida Madeleine buscar McCann, revelou nesta quarta-feira (19) o jornal "Evening Standard", enquanto fontes da família questionam a qualidade dos exames.

Os novos testes, que serão realizados em um laboratório de Birmingham (na região central da Inglaterra), pretendem encontrar traços do DNA da menina nos materiais coletados em Portugal, entre eles supostas amostras de sangue que estavam em móveis de um apartamento próximo ao local onde a criança desapareceu.

Segundo o "Evening Standard", os resultados dos novos exames devem ser enviados às autoridades portuguesas nos próximos dias.

Madeleine, de 4 anos, desapareceu em 3 de maio do quarto no qual dormia com seus dois irmãos, de 2 anos, em um complexo turístico do Algarve (no sul de Portugal), enquanto seus pais jantavam em um restaurante do hotel no qual estavam hospedados.

Os McCann, que voltaram ao Reino Unido em 9 de setembro, negaram qualquer participação no desaparecimento de Madeleine e manifestaram indignação com o fato de ter sido sugerido que teriam matado acidentalmente a menina e ocultado o corpo.

Novo teste

Enquanto isso, a família de Madeleine questionou a qualidade das análises de DNA supostamente encontradas em um carro alugado pelos pais da menina, que teriam sido determinantes na decisão da polícia portuguesa de declarar Kate e Gerry McCann formalmente suspeitos pelo desaparecimento de Maddie.

Segundo uma fonte próxima aos McCann citada hoje pelo jornal britânico "The Guardian", até 30 amigos e parentes teriam usado o veículo antes de a polícia colher as amostras.

Além disso, o carro foi usado para transportar os pertences de Madeleine quando a família deixou o apartamento onde estava hospedada quando a menina desapareceu.

De acordo com a fonte, o DNA encontrado em algum destes objetos, como os vestígios de suor nas sandálias da menina, poderiam ser a causa dos traços supostamente descobertos.

Porta-voz da família

Na terça-feira, o novo porta-voz da família, Clarence Mitchell, qualificou de "absurdo" sugerir que os McCann causaram algum dano a Madeleine e afirmou que há "explicações sumamente inocentes" para qualquer coisa que a polícia possa ter encontrado durante suas investigações.

No entanto, fontes britânicas ligadas à investigação citadas pelo "Evening Standard" frisaram hoje que "pouca gente" sabe exatamente qual é o material coletado e demonstraram segurança em relação à confiabilidade das provas.

Segundo estas fontes, os peritos britânicos que trabalham no caso teriam levado em conta os riscos de contaminação, assim como as semelhanças entre o DNA de Madeleine e de seus irmãos gêmeos.

Sentimento de culpa

Kate McCann, mãe de Madeleine, disse que chegou a se sentir culpada pelo desaparecimento da filha. A declaração foi feita para a revista de variedades portuguesa "Flash!", antes de ela e o marido, Gerry, serem formalmente considerados suspeitos pela polícia portuguesa.

"Por um período, me senti culpada pelo que aconteceu com ela. Me culpei por ter achado que o lugar era seguro", disse Kate, em afirmações também reproduzidas por jornais ingleses.

Ela comentou ainda que "nunca duvidou" que alguém seqüestrou a filha do apartamento em Portugal. E reafirmou a inocência deles.

"Alguém fez isto, mas não fomos nós", disse. "E tenho certeza que ela não saiu andando daquele quarto", completou.

Kate contou ainda um pouco sobre como era Madeleine, hoje com 4 anos, quando tinha seis meses.

"Ela chorava cerca de 18 horas por dia. Eu tinha que ficar carregando quase o tempo todo", afirmou ela, comentando sobre as crises de cólicas da filha. Kate comentou ainda que, apesar de Madeleine ter reclamado por atenção após o nascimento dos gêmeos, ela gostou dos irmãozinhos.

Nesta terça-feira (18), o novo porta-voz do casal leu uma declaração perto da casa dos pais, em Rothley, na Inglaterra.

"Sugerir que eles causaram algum dano a Madeleine de modo acidental ou de qualquer outra forma é ridículo. Seria irrisório se não fosse tão grave", afirmou Clarense Mitchell. "Agora o foco deve sair das especulações desenfreadas, infundadas e incorretas dos últimos dias para voltar para Madeleine. A tarefa é simplesmente encontrá-la", continuou.

O porta-voz insistiu em que os McCann pedem a todos que continuem alerta porque acreditam firmemente que a menina "ainda poderia estar viva".

Mitchell, que passou quase um mês com o casal em Portugal - entre maio e junho -, enquanto representava o Ministério de Assuntos Exteriores do Reino Unido, disse que há "explicações sumamente inocentes" para qualquer coisa que a polícia possa ter achado durante as investigações.

O novo porta-voz da família assegurou que durante o tempo em que esteve com o casal em Portugal, quando chegou a ficar com eles "até 14 horas ao dia", não viu nem ouviu nada que gerasse "preocupações ou suspeitas".

"Tudo o que presenciei foi uma família encantadora que tinha se afundado na situação mais espantosa, a de dois pais tentando administrar sua perda", acrescentou Mitchell, que pediu aos meios que não divulguem imagens dos irmãos mais novos de Madeleine, os gêmeos Sean e Amélie.

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