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Sudão

Pernambucana conta sua experiência como missionária

Curitiba – A professora pernambucana Ludmilla Gaspar, de 46 anos, encontrou o sentido de sua vida ao decidir ser missionária no Sudão. Nem imaginava o cenário hostil que teria de enfrentar. Darfur está em conflito desde 2003, quando grupos rebeldes começaram a protestar contra a pobreza no país. De lá pra cá, 200 mil sudaneses morreram e outros 2 milhões estão desabrigados, vivendo em campos de refugiados no Sudão e no Chade.

Para alcançar seu sonho buscou em 1998 a Missão Horizonte, vinculada à Igreja Evangélica. Em treinamento como missionária, Ludmilla passou por países como o Paraguai, País de Gales e Egito. Aprendeu a falar inglês e árabe. Somente em 2002 foi enviada ao Sudão.

Ludmilla vai contar sua experiência como missionária durante o Proclamai – Regional Sul – evento sobre missões mundiais realizado na Primeira Igreja Batista de Curitiba. "Em nenhum momento senti medo morando em Cartum. Os sudaneses que perdem suas casas vão para a capital na esperança de reconstruir sua identidade e tentar reunir famílias que foram separadas pelo conflito".

A pernambucana trabalha em campos de refugiados que ficam a a 1h30 de Cartum. Os campos de refugiados ficam no deserto, sem estrutura, sem água, conta. "É triste ver crianças que se alimentam apenas uma vez por dia e adultos que fazem três refeições por semana. Foi chocante ver uma criança arrancando um pedaço de melância de uma cabra."

Em 2004, Ludmilla ajudou a organizar uma escola de ensino fundamental em um campo de refugiados. "Hoje são 115 alunos e dou aulas em árabe para a pré-escola. É gratificante ajudar os sudaneses e também falar sobre o Evangelho para eles."

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