Supermercado em Buenos Aires: candidato Javier Milei comparou novamente os saques a estabelecimentos comerciais dos últimos dias aos registrados durante a crise econômica do início do milênio na Argentina| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni
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O governo da Argentina, do peronista Alberto Fernández, acusou nesta terça-feira (22) o candidato à presidência Javier Milei de tentar “desestabilizar” o país com a divulgação de vídeos que mostram a ação de saqueadores em diversas regiões argentinas.

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Desde o fim de semana, relatos na imprensa e em redes sociais na Argentina mostraram vários vídeos de saques a supermercados e outros estabelecimentos comerciais nas províncias de Córdoba, Mendoza e Neuquén e na cidade e na província de Buenos Aires.

A porta-voz da presidência, Gabriela Cerrutti, alegou que as imagens são falsas, mesmo com órgãos de imprensa reportando e registrando cenas de guerra como as relatadas no último sábado (19) em Mendoza.

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“As imagens que circulam nas redes são falsas, publicadas em contas claramente de seguidores ou funcionários de Javier Milei. Não estão ocorrendo tais saques: há boatos e agitação através de grupos de WhatsApp, porque são profundamente antidemocráticos e querem desestabilizar”, disse Cerrutti no X (nome novo do Twitter).

A mensagem foi uma resposta a um post de Milei, no qual o candidato libertário novamente comparou os saques aos registrados durante a crise econômica do início do milênio na Argentina.

“É trágico ver novamente depois de 20 anos as mesmas imagens de saques que víamos em 2001. Pobreza e saques são dois lados da mesma moeda. A Argentina não resiste mais a esse modelo empobrecedor, que se sustenta pela força daqueles que vivem do esforço dos bons argentinos. Uma Argentina diferente é impossível com os mesmos de sempre”, escreveu Milei.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]